(77) 99983-1339

contato@cristalfm.com.br

Oliveira dos Brejinhos

OUÇA

VEJA

Casas Bahia (BHIA3): analistas esperam prejuízo de até R$ 703 milhões hoje – Estadão E-Investidor – As principais … – E-Investidor

 Casas Bahia (BHIA3): analistas esperam prejuízo de até R$ 703 milhões hoje – Estadão E-Investidor – As principais … – E-Investidor
#Compartilhe

Publicidade
O Grupo Casas Bahia (BHIA3) deve registrar prejuízo entre R$ 598 milhões a R$ 703 milhões no quarto trimestre de 2023, mostra levantamento feito pelo E-Investidor, nesta sexta-feira (22), com base em quatro estimativas de casas de análises.

Os analistas do BTG Pactual calculam que a varejista terá um prejuízo de R$ 598 milhões, enquanto o Santander estima um prejuízo de R$ 529 milhões. Já os especialistas de Bradesco BBI e Ágora Investimentos projetam um prejuízo de R$ 579 milhões. A Genial Investimentos acredita que o rombo será ainda maior, de R$ 703 milhões.
Os especialistas esperam um resultado fraco por causa do plano de reestruturação, anunciado em setembro de 2023. A decisão foi tomada após a empresa registrar em uma série de quatro prejuízos seguidos em meio à alta dos juros no País em 2021 e 2022, o que piorou o endividamento da companhia.

Publicidade

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
A reestruturação causou impactos negativos no balanço o terceiro trimestre de 2023, como perdas de R$ 204 milhões com a queima de estoques, R$ 66 milhões para a provisão do cartão co-branded e R$ 190 milhões com outros pontos da estratégia, como demissões. É justamente esses empecilhos, mais o cenário macroeconômico, que preocupam os analistas.
Para a Genial Investimentos, o resultado do quarto trimestre de 2023, que será divulgado na segunda-feira (25) após o fechamento do mercado, será pior em todas as linhas com um Volume Bruto de Mercadorias (GMV, na sigla em inglês) de R$ 10,3 bilhões, queda de 11,6% na comparação com o mesmo período de 2022.
“A queda deve acontecer devido à desaceleração das vendas em lojas físicas e no meio digital. Sem dúvidas, em termos de rentabilidade, acreditamos que este deve ser mais um trimestre a ser esquecido”, argumentam Iago Souza, Vinicius Esteves e Nina Mirazon, que assinam o relatório da Genial.
Os especialistas comentam também que o cenário macroeconômico ainda não está totalmente favorável, o que deve pesar no balanço. “Mesmo com a queda de juros e da inflação, ainda não enxergamos uma tradução deste alívio em uma redução do endividamento familiar e em um aumento da confiança do consumidor ao longo do trimestre”, apontam os analistas da Genial.

Outro fator é que Souza, Esteves e Mirazon esperam um fechamento de 17 unidades ao longo do trimestre, totalizando 55 encerramentos de lojas ao longo de 2023. “Naturalmente, com uma redução na área de vendas do grupo, a receita bruta de lojas físicas deve cair na visão anual, o que também pressiona o balanço”, explicam.
Os analistas da Ágora Investimentos e Bradesco BBI também dizem acreditar que o balanço será fraco por causa do plano de reestruturação que a empresa vem passando. No entanto, a equipe liderada por José Francisco Cataldo Ferreira espera alguns pontos positivos, como a geração de fluxo de caixa. “Esperamos que seja saudável, principalmente devido à sazonalidade de fim de ano, visto que esse é um período de maior consumo por causa das festividades de Natal e ano-novo”, afirma.
Cataldo e sua equipe também estimam que a empresa deve se aproximar da conclusão de seu ajuste no estoque. Durante o anúncio do plano de reestruturação, o CEO do Grupo Casas Bahia, Renato Franklin, havia dito que a companhia poderia gerar mais de R$ 1 bilhão em caixa no processo de queima de estoque. É justamente sobre esse assunto que a Ágora está curiosa e tem grandes expectativas.
Por outro lado, os especialistas da Genial enxergam que a queima de estoque deve apenas pressionar ainda mais o balanço da empresa. “O saldão de estoques antigos ainda deve impactar a rentabilidade do grupo no quarto trimestre. Esperamos um lucro bruto de R$ 1,9 bilhão, uma queda de 30,5% na comparação anual e uma margem bruta de 26,0%, o que representa um recuo de 5,4 pontos porcentuais em relação ao quarto trimestre de 2022”, detalham Souza, Esteves e Mirazon, da Genial.
De modo geral, os analistas esperam queda nas receitas e piora nos prejuízos – a empresa reportou no quarto trimestre de 2022 perdas de R$ 163 milhões. Lucas Lima, analista da VG Research, lembra que embora o plano de Franklin tenha alavancas claras e bem quantificadas para tornar o modelo de negócio da companhia mais sustentável, o ambiente macroeconômico ainda não está nada favorável para a Casas Bahia.

Publicidade

Publicidade
Por causa disso, ele diz acreditar que o investidor não deve esperar uma melhora no balanço de segunda-feira nem nos dois primeiros trimestres de 2024. “Acreditamos que sinais positivos apenas devem aparecer ao longo do segundo semestre de 2024, com alívio do endividamento das famílias e redução mais relevante da taxa de juros”, argumenta Lima.
A Genial é mais conservadora e diz acreditar que o investidor só verá uma boa situação para o Grupo Casas Bahia em 2025, visto que esse será o ano que tende a marcar o início da geração de caixa e o término de toda a reestruturação. “A companhia deve reduzir substancialmente as despesas operacionais alocadas para este fim. Consequentemente, o Grupo Casas Bahia tem espaço para apresentar uma forte melhora no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 2025 com o início da geração de caixa prevista para o ano em questão”, salientam Souza, Esteves e Mirazon.
Por causa desses fatores, os analistas possuem recomendação neutra para o papel por acreditarem que a melhora não ocorrerá nos próximos meses. A Genial é a única corretora que ainda estipula um preço-alvo em seu relatório, mesmo não recomendando compra para o ativo. Os analistas calculam que o papel deve encerrar o ano a R$ 9,50, uma potencial alta de 21,6% na comparação com o fechamento de quinta-feira (21), quando fechou o pregão cotado a R$ 7,81.

Ao informar meus dados, eu concordo com a Polítia de privacidade de dados do Estadão.
Invista em informação

source