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Ceni explica eliminação do Bahia para o CRB e diz se Grupo City vai contratar reforços de peso na janela – ESPN.com.br

 Ceni explica eliminação do Bahia para o CRB e diz se Grupo City vai contratar reforços de peso na janela – ESPN.com.br
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Em entrevista após a eliminação na semifinal da Copa do Nordeste para o CRB, o técnico do Bahia, Rogério Ceni, explicou o que aconteceu em campo.
Na visão do treinador, o Esquadrão criou chances mais do que suficientes para vencer, mas acabou castigado pela falta de eficiência contra um rival que “só quis se defender”.

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“Acho que nós não cedemos praticamente chances ao adversário. É um adversário que marca com jogadores de muita força, marca individualmente, meio-campo corre o campo todo com jogadores… Nós tentamos mexer, construir bem. O Kanu arriscou bastante hoje, porque nós pedimos para ele levar essa bola ao campo de ataque. Juba também. Ora Juba, ora Kanu, Gabriel um pouquinho menos, porque era o homem de trás que podia fazer a diferença na construção. E nós, seja em bola parada, como aquela do Jean Lucas na trave, a cabeçada do Arias, a bola que o Everton enfia para o Cauly cara-a-cara… Ali, acho que nós, mesmo com uma marcação de um time que jogou praticamente marcando o tempo todo e pouco saiu para contra-ataque, nós tivemos boas oportunidades. Não sofremos defensivamente quase e tivemos oportunidades de fazer o gol. Infelizmente, a trave atrapalhou ali a finalização, só o Jean Lucas teve três oportunidades boas de gols, Cauly teve a sua, Arias teve a sua. Uma pena, lamento muito a saída e não estar na final da competição”, lamentou.
Ceni afirmou que fazia parte do planejamento do Tricolor ganhar ao menos um título no primeiro semestre. No entanto, a equipe fracassou no Baiano e na Copa do Nordeste.
“No caso não é nem perder, né? Foram dois empates que tivemos na final do Estadual, com um jogador a menos durante 70 minutos, e hoje… A gente teve a oportunidade de enfrentar o CRB fora de casa e não fomos bem na ocasião, porque CRB teve ótimas oportunidades de gols, nós tivemos poucas, mas acabamos fazendo gol na ocasião e vencendo. Hoje, o time jogou bem melhor do que naquela oportunidade, valeu como experiência aquele jogo. Hoje, nós tivemos as grandes oportunidades do jogo e não conseguimos fazer. O Atlético-MG é nosso próximo adversário agora. Classificados ou não, é um adversário dos mais difíceis a se jogar fora de casa. Então, agora há um momento de escassez de jogos. Temos uma partida no próximo final de semana, depois são 11 dias parados pelos jogos de Data Fifa, e aí a gente volta a enfrentar o Fortaleza. É sempre melhor quando você está envolvido em uma final, a atmosfera é sempre melhor de se trabalhar dessa maneira, mas agora tem que parar, refletir, aproveitar para recuperar e treinar nesses dias porque, independentemente de estar na final ou não, a dificuldade do Brasileirão e da Copa do Brasil, que são as duas principais competições do ano, a gente vai continuar enfrentando. E a lamentar, não ter conseguido um título nesse primeiro semestre. Dentro da nossa programação, era importante a conquista de um título. Jogamos hoje para isso, mas não tivemos a felicidade de fazer o gol que nos levaria à próxima fase”, apontou.
O comandante do Bahia elogiou seu time por manter o estilo propositivo, como vem sendo treinado diariamente.
“Primeiro que os jogos mais importantes são sempre os próximos. Durante muitas vezes nós viemos e vencemos, acho que é uma marca que não é tão costumeira para o clube, mas é sempre tão doloroso como quando perde uma final ou é eliminado da possibilidade de estar em outra final. Mas nós temos que seguir trabalhando. Não conheço outra receita e acho que nós jogamos esse jogo como jogamos partidas do Brasileiro e do Baiano, sempre pra frente, propositivos, tentando vencer todo o tempo. Trocamos os homens de frente por cansaço, colocamos novas ideias, com mais velocidade, com 9 de referência. As trocas sempre são no intuito de ganhar e o estilo de jogo é sempre para frente tentando vencer. Infelizmente às vezes a trave atrapalha, o goleiro adversário faz uma grande defesa como foi no lance do Arias, mas nós criamos as oportunidades. Infelizmente, não conseguimos o mais desejado, que era o gol”, salientou.
“Eu acho que não é senso de urgência. É difícil mesmo você construir e entrar em um time que vem com um propósito de se defender e tentar um contra-ataque na velocidade ou no pivô. Time que defende em linhas baixas você tem que ter um pouco mais de paciência. Não é falta de senso de urgência, na minha opinião, é você ter calma para fazer a melhor jogada. Quando você tem um pouco mais de espaço, como o Criciúma deu para a gente, porque teve que vir para cima, realmente sobra mais espaço nas costas para você fazer um jogo mais direto. Quando o Bragantino veio pressionar a gente aqui, você tem alternativa de um jogo mais direto. Mas quando um adversário perde a bola e imediatamente encosta em todos os seus jogadores de armação, tira o espaço para você, quem tem que construir são os homens de trás, que têm que vir com a bola. Sei que não criamos 25 oportunidades de gol, mas finalizamos, das que nós finalizamos, tivemos no mínimo quatro ou cinco possibilidades reais de gol”, contabilizou.
Questionado se o City Football Group, dono da SAF tricolor, vai contratar reforços de peso na janela do meio do ano, Ceni negou.
De acordo com o treinador, o grupo estrangeiro tem um projeto a longo prazo em Salvador e irá buscar o equilíbrio financeiro.
“Vou ser honesto com você: pelo que eu entendo até agora, não há mais contratações. Tem o (lateral) Iago (Borduchi), logicamente, que está chegando, foi uma contratação feita desde o começo da temporada, mas não há um planejamento para se gastar mais dinheiro, ao contrário do que todos pensam… É um projeto a longo prazo, né? Não serão colocados milhões e milhões como as pessoas falam. Como a gente já teve duas boas contratações, falando de investimento, de compra, que foram Jean Lucas e Caio, teve os acertos de jogadores que vieram livres e bem remunerados, mas livres para o clube, sem custo de contratação. Acho que é com o passar do tempo que esse time vai crescer, com o passar dos anos. Não é com o passar dos dias que ele vai crescer, em termos de contratações. Nós queríamos mais gols, queríamos uma melhor média de gols, queríamos estar hoje classificados na semifinal, mas não é isso que vai mudar ou que traz essa interpretação de que a gente traz o jogador que quiser na hora que quiser. Então, o elenco está basicamente formado. Claro que pode haver uma contratação ou outra. Mas, basicamente, com o Iago chegando, é o elenco que já foi feito o investimento inicial, não sei de quantos milhões, e acho que a cada ano deve ser feito mais uma ou duas peças. Você vê que nós contratamos bem esse ano. Todos os jogadores contratados, ou quase todos, têm sido utilizados, ou como titulares ou entrando nos jogos. Então, acho que é um ano mais bem acertado, que você tem produtividade daquilo que você investiu. Mas aqui não sai dinheiro como as pessoas imaginam… As pessoas falam: ‘Vamos lá (gastar) R$ 10 milhões, R$ 20 milhões’. Não é assim que funciona. É um projeto a longo prazo. Infelizmente, em outros times em julho vão chegar cinco ou seis jogadores. Aqui, nós temos uma base, uma maneira de jogar, e todos têm se esforçado e dedicado muito. Se houver uma oportunidade de mercado… Mas não vejo assim que vai enfiar dinheiro como se não (houvesse amanhã)… (O Grupo City) É uma empresa, tem despesas, lucro e tem que trabalhar com equilíbrio”, finalizou.
Fora da Copa do Nordeste, o Bahia agora volta suas atenções à disputa do Campeonato Brasileiro, competição em que é vice-líder.
A próxima partida do Esquadrão será contra o Atlético-MG, no próximo domingo (2), às 16h (de Brasília), na Arena MRV.

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