Os bancos que deram uma colher de chá para Casas Bahia – Pipeline
As ações do grupo Casas Bahia disparam mais de 6,7% nesta sexta-feira após a empresa ter conseguido estender em três anos o vencimento de R$ 1,5 bilhão em dívidas bancárias que expiravam até o final de 2025, afastando o temor dos investidores de um problema de liquidez na varejista. As contrapartes são Bradesco e o Banco do Brasil.
O prazo da amortização do principal da dívida contará com 18 meses de carência e o restante será pago por parcelas trimestrais equivalentes a 5% do valor do débito, com o pagamento de 70% concentrado no vencimento – o que trará um alívio no fluxo de caixa da varejista. Os empréstimos bancários terão um custo de CDI mais 4% ao ano.
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No fim de dezembro, o grupo tinha R$ 3,6 bilhões em caixa, sendo R$ 2,6 bilhões em liquidez imediata e o restante em recebíveis de cartões de crédito. O endividamento somava R$ 3,9 bilhões, dos quais R$ 3,14 bilhões venciam em 24 meses. Após a renegociação com os bancos, o montante de vencimentos no curto prazo foi reduzido para R$ 1,77 bilhão, com 69% do endividamento passando a ser de longo prazo.
No ano passado, a companhia implementou uma série de medidas para reduzir a queima de caixa, como revisão de despesas com marketing, fechamento de lojas e diminuição de estoques. O grupo ainda levantou R$ 622 milhões em uma oferta subsequente de ações em setembro para melhorar a estrutura de capital, captou R$ 500 milhões com bancos já no quarto trimestre e lançou um fundo de recebíveis (FIDC) de R$ 600 milhões, que pode chegar a R$ 1,5 bilhão, para financiar o crediário e reduzir a dependência da dívida bancária.
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